Projeto de Zé do Bode garante exame de ressonância magnética para mulheres com mama densa
A Câmara Municipal de Parauapebas aprovou o Projeto de Lei nº 70/2025, de autoria do vereador Zé do Bode (União), que visa assegurar às mulheres com diagnóstico de mama densa o direito de realizar o exame de ressonância nuclear magnética (RNM) das mamas de forma complementar à mamografia, nas unidades públicas de saúde do município ou conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Zé do Bode (União)
A proposição abrange as mulheres diagnosticadas com mamas classificadas como tipos "C" (heterogeneamente densas) ou "D" (extremamente densas), de acordo com o Sistema de Categorização BI-RADS.
Diagnóstico precoce
A mama densa é caracterizada por uma maior quantidade de tecido fibroglandular, o que dificulta a detecção precoce do câncer de mama apenas com a mamografia. Na justificativa do projeto, Zé do Bode destacou o risco dessa limitação.
"Diversos estudos científicos e diretrizes de entidades como a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e o Colégio Brasileiro de Radiologia apontam que a mamografia isolada pode deixar de detectar até 50% dos tumores em mulheres com mama densa", afirmou o parlamentar.
Nesses casos, a ressonância magnética é considerada uma ferramenta essencial por permitir uma avaliação mais detalhada e precisa, aumentando as chances de cura. O vereador também ressaltou que a medida é uma questão de equidade em saúde pública, já que mulheres com maior poder aquisitivo conseguem realizar o exame na rede privada, enquanto as dependentes do SUS ficavam vulneráveis à limitação diagnóstica.
“Além de ampliar a cobertura diagnóstica, esta lei contribuirá para a redução da mortalidade por câncer de mama, uma das principais causas de morte entre mulheres no Brasil, e demonstrará o compromisso do município de Parauapebas com a saúde integral da mulher, conforme previsto na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher”, enfatizou.
Zé do Bode concluiu que a aprovação deste projeto representa um passo importante na "humanização do atendimento, no respeito à individualidade clínica das pacientes e no avanço das políticas públicas voltadas à saúde feminina".
O Projeto de Lei nº 70/2025 foi aprovado na sessão ordinária realizada na segunda-feira (22) e, logo depois, seguiu para sanção ou veto do prefeito Aurélio Goiano.
Texto: Nayara Cristina / Foto: Renato Resende / AscomLeg 2025
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