Audiência Pública expõe precariedade no Bairro Céu Azul

A audiência pública foi realizada no Plenarinho da CMP.

A audiência, presidida pelo vereador Elvis Silva Cruz (Zé do Bode), foi convocada por meio do Requerimento nº 273/2025, com o objetivo de reunir moradores, autoridades e entidades para discutir soluções estruturantes para a comunidade do Céu Azul.

Compuseram a mesa o presidente da OAB subseção Parauapebas, dr. Guilherme Melo, os vereadores Érica Ribeiro, Maquivalda Barros e Fred Sanção, e ainda representantes da comunidade do bairro: José Leandro Oliveira de Sousa, Joelson Lucas, Elizeu Beltrão, Jacira Beltrão e Marcos de Sousa Silva.

Mesa que coordenou os trabalhos da audiência pública.

Durante as falas, moradores criticaram a ausência de representantes do Poder Executivo, considerados fundamentais para encaminhar soluções e assumir compromissos quanto às demandas apresentadas. Para os presentes, a ausência reforça o sentimento de abandono vivido pelas famílias do Céu Azul.

Na ocasião, a vereadora Maquivalda Barros destacou que a falta de infraestrutura impacta de forma desproporcional as mulheres do bairro. “Estamos pedindo o básico, principalmente para as mulheres, que são quem mais sofrem com a falta de políticas públicas. Quando falta infraestrutura, as mulheres sofrem para levarem as crianças à escola; quando falta água, são elas que limpam a casa; quando falta segurança, são as mais ameaçadas. Por isso, precisamos de políticas públicas que contemplem as mulheres”, afirmou.

A vereadora Érica Ribeiro reforçou a cobrança por ações concretas. “Precisamos que o básico aconteça. Já foram gastos quase 2 bilhões de reais e não vemos nenhuma política pública para o Bairro Céu Azul. Mesmo sendo uma invasão pacífica, o bairro pode sim receber políticas públicas. Parauapebas é uma cidade rica, porém pobre de gestores que façam política pública para o povo. Ninguém vive de promessa. Pagamos impostos para ter água, saneamento básico, infraestrutura e uma Parauapebas de qualidade”, declarou.

O vereador Zé do Bode classificou as condições do bairro como indignas. “A situação dos moradores do Céu Azul está desumana. O Executivo precisa pelo menos cuidar do básico. Prometeu mundos e fundos, já gastou 2 bilhões de reais e não ofereceu nem o mínimo. Água para beber, transporte público e asfaltamento são o básico”, ressaltou.

Já o vereador Fred Sanção destacou a importância da mobilização social. “Quando as coisas não se resolvem, temos que nos organizar para pedir melhorias para o bairro, porque como cidadãos vocês precisam de respeito. Precisamos exigir que os direitos sejam garantidos”, afirmou.

Ao término da audiência, o Legislativo assumiu o compromisso de encaminhar as reivindicações apresentadas e cobrar do Poder Executivo as medidas necessárias para garantir dignidade às famílias do Céu Azul, que seguem aguardando serviços básicos e políticas públicas essenciais.

Texto: Josiane Quintino/ Fotos: Jorge Marques / AscomLeg 2025